Encontrar o caminho certo: a jornada de fé de uma menina

Este artigo foi escrito com base nos relatos de Dara Silva.

Nem sempre a jornada até o Evangelho restaurado começa com algo extraordinário. Às vezes, tudo começa com um desejo sincero de conhecer a verdade — e uma oração simples. Foi assim que começou a história da Dara, que hoje é selada no templo e tem uma filha, mas que, na infância, buscava entender melhor quem era Deus e qual caminho deveria seguir.

Dara conheceu A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, quando tinha entre 10 e 11 anos. Vinda de uma família que não era tão religiosa, ela teve contato inicial com o catolicismo por meio da catequese, onde estava se preparando para a primeira comunhão. 

Mas mesmo naquela idade, ela já sentia que algo faltava. Suas lembranças dessa época não são muito claras, mas alguns momentos ficaram marcados de forma profunda.

Orar por uma resposta para encontrar seu caminho

Durante esse período de busca, Dara recebeu a visita de pessoas de outra denominação religiosa e começou a fazer um estudo nessa igreja. Ela acreditava que aquele era o lugar certo para estar. E com o desejo de saber se realmente tinha encontrado o caminho certo e com o coração sincero, ela decidiu orar. 

Em sua oração, pediu a Deus que a guiasse até a verdade. E a resposta não demorou: pouco tempo depois, seu irmão levou os missionários da Igreja de Jesus Cristo até sua casa e disse que eles tinham uma mensagem para ela.

Os missionários foram acolhidos com naturalidade pela família de Dara e seu processo para adquirir um testemunho do que eles ensinavam foi natural. 

Como ela mesma descreve, o Espírito Santo foi conduzindo seus sentimentos pouco a pouco, e tudo começou a fazer sentido. Em um dado momento, tudo ficou claro. Aquela oração foi respondida.

O ponto mais marcante para ela era o fato de um menino de 14 anos ter visto Deus e Jesus Cristo. Além disso, ela também gostou muito do Plano de Salvação e do fato de sermos filhos de Deus e não apenas Sua criação. 

Mesmo sem compreender completamente tudo no início, Dara sabia, por meio de um sentimento tranquilo e constante, que finalmente tinha encontrado o que realmente buscava.

O testemunho do Livro de Mórmon

Um dos momentos mais marcantes de sua conversão foi o contato com o Livro de Mórmon. Ainda jovem, ela começou a frequentar o seminário, sendo muitas vezes a única aluna. Seu professor, presidente do ramo na época, a incentivava a marcar versículos e registrar tudo o que achasse importante. Ela levava isso a sério: usava caneta e marcava tudo o que tocava seu coração.

Foi através dessas leituras que Dara começou a desenvolver seu testemunho do Livro de Mórmon. Ela conta que, em diversas ocasiões, chorava enquanto lia, sentindo que aquelas palavras respondiam perguntas e acalmavam dúvidas. Ela guarda até hoje aquele primeiro exemplar, todo marcado, como muito carinho.

Mudanças através do Progresso Pessoal

Por volta dos 14 ou 15 anos, Dara iniciou o programa do Progresso Pessoal, um programa de desenvolvimento para as Moças da Igreja. Ela se envolveu com dedicação total e completou o programa bem antes dos 18 anos. Suas líderes pediram para que ela aguardasse um pouco para receber o medalhão, para que pudesse aproveitar a experiência com mais calma. Mas ela estava tão empolgada com o processo que foi difícil esperar.

Cada meta que completava representava uma transformação. Uma delas, por exemplo, era cumprimentar as pessoas na rua. Mesmo vivendo em uma região onde as pessoas não tinham esse costume, ela decidiu seguir a meta — e isso começou a mudar sua forma de se relacionar com os outros e ver o mundo.

O Progresso Pessoal foi, como ela mesma diz, um divisor de águas na sua adolescência. Foi uma ferramenta que não só fortaleceu sua fé, como também a ajudou a moldar seu caráter e suas escolhas.

Hoje, apesar de alguns desafios, Dara é casada, mãe de uma filha e selada no templo. Ela encontrou o caminho que buscava. Pequenos momentos de inspiração, coragem e sensibilidade espiritual marcaram seu processo de conversão. Sua história mostra que o Senhor responde orações sinceras mesmo (ou principalmente) quando elas vêm de uma criança.

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